Dica Rápida Vestibular Brasil: Raios
Galera, essa reportagem foi retirada do site do Terra. Fala sobre os raios e como eles podem ser tema no vestibular. Confira!
Recentemente, apontou-se que o Airbus A330 da Air France, que cumpria o vôo AF447 e desapareceu durante uma viagem entre Rio de Janeiro e Paris, poderia ter sido atingido por um raio. Posteriormente, essa hipótese foi descartada por especialistas. Mas a incidência de raios, muito comum no Brasil, pode ser questionada de diversas formas no vestibular.
No vestibular, a incidência de raios pode ser abordada pelas disciplinas de Física e Química, apontando os aspectos ligados à eletricidade e à condutibilidade elétrica dos materiais e substâncias. Dentro da área de Geografia, mais especificamente no conteúdo ligado à Climatologia e à Geografia Física, poderia ser relacionada às massas de ar e frentes, além da associação ou relação com os tipos de nuvens que podem gerar este fenômeno. Quem afirma é Dakir Larara Machado da Silva, professor de Geografia da Ulbra-RS.
Como os raios são formados?
"Um raio (ou uma descarga elétrica) se origina a partir da eletrificação de uma nuvem que, ao concentrar quantidades muito significativas de cargas elétricas distintas do entorno atmosférico e do solo, produz faíscas elétricas ao longo desses ambientes", explica Machado da Silva.
Embora não haja uma teoria definitiva que explique as causas da eletrificação de uma nuvem, "existe um consenso entre os pesquisadores de que a eletrificação surge da colisão entre partículas de gelo, vapor d'água e granizo no interior da nuvem. Uma das teorias mais aceitas diz que o granizo, sendo mais pesado, ao colidir com cristais de gelo, mais leves, fica carregado negativamente, enquanto os cristais de gelo ficam carregados positivamente".
Esse entendimento explicaria o fato de a maioria das nuvens de tempestade ter um centro de cargas negativas embaixo e um centro de cargas positivas na sua parte superior, sendo que algumas nuvens apresentam também um pequeno centro de cargas positivas localizado próximo à sua base. "Quando a concentração de cargas nos centros positivo e negativo da nuvem cresce muito, o ar que os circunda já não consegue isolá-los eletricamente. Acontecem, então, descargas elétricas entre regiões de concentração de cargas opostas, que aniquilam ou pelo menos diminuem essas concentrações", esclarece o professor.
Quais são os tipos de raios?
A maioria das descargas (cerca de 80%) acontece no interior das nuvens. No entanto, como as cargas elétricas na nuvem induzem cargas opostas no solo, as descargas também podem se direcionar ao chão. O professor Dakir Larara Machado da Silva informa que, neste percentual médio de 80%, os raios podem ser divididos em descendentes (nuvem-solo) e ascendentes (solo-nuvem). Aqueles que não atingem o solo podem ser basicamente de três tipos: raios que ocorrem dentro da nuvem, da nuvem para o ar e de uma nuvem para outra. Conforme Machado da Silva, "O tipo mais frequente de raios é o descendente, sendo que o ascendente é raro e só acontece a partir de estruturas altas no chão (arranha-céus) ou no topo de montanhas (torres, antenas), apresentando uma ramificação voltada para cima".
O tipo de raio que mais intriga os cientistas, no entanto, tem formato de bola e já foi observado por muitas pessoas, ainda que não haja qualquer explicação teórica sobre ele. "Normalmente, o seu tamanho varia entre o de uma bola de tênis de mesa e o de uma grande bola de praia, e sua duração é, em média, de 15 segundos. Em geral, possui um colorido amarelado e luminosidade menor do que uma lâmpada de 100 W. Flutua pelo ar não muito longe do chão e não segue necessariamente a direção do vento. Costuma desaparecer silenciosamente ou acompanhado de uma explosão", relata o professor.
A maior parte da energia de um raio transforma-se em calor, luz, som e ondas de rádio, sendo que apenas uma parcela converte-se em energia elétrica. "Sabemos que a duração de um raio é extremamente curta. Assim, apesar dos grandes valores de corrente e voltagem envolvidos, a energia elétrica média que um raio gasta é de 300 kWh, ou seja, aproximadamente igual à de uma lâmpada de 100 W acesa durante apenas quatro meses", explica Machado da Silva. Ainda segundo o professor, a temperatura é cinco vezes superior à da superfície solar, ou seja, a 30.000 ºC. "Quando um raio atinge e penetra solos arenosos, a sua alta temperatura derrete a areia, transformando-a em uma espécie de tubo de vidro, chamado fulgurito".
Recentemente, apontou-se que o Airbus A330 da Air France, que cumpria o vôo AF447 e desapareceu durante uma viagem entre Rio de Janeiro e Paris, poderia ter sido atingido por um raio. Posteriormente, essa hipótese foi descartada por especialistas. Mas a incidência de raios, muito comum no Brasil, pode ser questionada de diversas formas no vestibular.
No vestibular, a incidência de raios pode ser abordada pelas disciplinas de Física e Química, apontando os aspectos ligados à eletricidade e à condutibilidade elétrica dos materiais e substâncias. Dentro da área de Geografia, mais especificamente no conteúdo ligado à Climatologia e à Geografia Física, poderia ser relacionada às massas de ar e frentes, além da associação ou relação com os tipos de nuvens que podem gerar este fenômeno. Quem afirma é Dakir Larara Machado da Silva, professor de Geografia da Ulbra-RS.
Como os raios são formados?
"Um raio (ou uma descarga elétrica) se origina a partir da eletrificação de uma nuvem que, ao concentrar quantidades muito significativas de cargas elétricas distintas do entorno atmosférico e do solo, produz faíscas elétricas ao longo desses ambientes", explica Machado da Silva.
Embora não haja uma teoria definitiva que explique as causas da eletrificação de uma nuvem, "existe um consenso entre os pesquisadores de que a eletrificação surge da colisão entre partículas de gelo, vapor d'água e granizo no interior da nuvem. Uma das teorias mais aceitas diz que o granizo, sendo mais pesado, ao colidir com cristais de gelo, mais leves, fica carregado negativamente, enquanto os cristais de gelo ficam carregados positivamente".
Esse entendimento explicaria o fato de a maioria das nuvens de tempestade ter um centro de cargas negativas embaixo e um centro de cargas positivas na sua parte superior, sendo que algumas nuvens apresentam também um pequeno centro de cargas positivas localizado próximo à sua base. "Quando a concentração de cargas nos centros positivo e negativo da nuvem cresce muito, o ar que os circunda já não consegue isolá-los eletricamente. Acontecem, então, descargas elétricas entre regiões de concentração de cargas opostas, que aniquilam ou pelo menos diminuem essas concentrações", esclarece o professor.
Quais são os tipos de raios?
A maioria das descargas (cerca de 80%) acontece no interior das nuvens. No entanto, como as cargas elétricas na nuvem induzem cargas opostas no solo, as descargas também podem se direcionar ao chão. O professor Dakir Larara Machado da Silva informa que, neste percentual médio de 80%, os raios podem ser divididos em descendentes (nuvem-solo) e ascendentes (solo-nuvem). Aqueles que não atingem o solo podem ser basicamente de três tipos: raios que ocorrem dentro da nuvem, da nuvem para o ar e de uma nuvem para outra. Conforme Machado da Silva, "O tipo mais frequente de raios é o descendente, sendo que o ascendente é raro e só acontece a partir de estruturas altas no chão (arranha-céus) ou no topo de montanhas (torres, antenas), apresentando uma ramificação voltada para cima".
O tipo de raio que mais intriga os cientistas, no entanto, tem formato de bola e já foi observado por muitas pessoas, ainda que não haja qualquer explicação teórica sobre ele. "Normalmente, o seu tamanho varia entre o de uma bola de tênis de mesa e o de uma grande bola de praia, e sua duração é, em média, de 15 segundos. Em geral, possui um colorido amarelado e luminosidade menor do que uma lâmpada de 100 W. Flutua pelo ar não muito longe do chão e não segue necessariamente a direção do vento. Costuma desaparecer silenciosamente ou acompanhado de uma explosão", relata o professor.
A maior parte da energia de um raio transforma-se em calor, luz, som e ondas de rádio, sendo que apenas uma parcela converte-se em energia elétrica. "Sabemos que a duração de um raio é extremamente curta. Assim, apesar dos grandes valores de corrente e voltagem envolvidos, a energia elétrica média que um raio gasta é de 300 kWh, ou seja, aproximadamente igual à de uma lâmpada de 100 W acesa durante apenas quatro meses", explica Machado da Silva. Ainda segundo o professor, a temperatura é cinco vezes superior à da superfície solar, ou seja, a 30.000 ºC. "Quando um raio atinge e penetra solos arenosos, a sua alta temperatura derrete a areia, transformando-a em uma espécie de tubo de vidro, chamado fulgurito".
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